quinta-feira, 9 de setembro de 2010

As mãos e os cigarros que me inspiraram


Todo mundo precisa de um pouco mais de poesia.
Eu gostaria que as minha memórias fotográficas me inspirassem, cada vez mais e mais.
Como a natureza que é tão grandiosa que torna, nossa existência quase esmagadora. Com seu verde imponente em contraste com o balançar calmo das folhas. Com um outono amarelado combinando com o grande por-do-sol douradíssimo.
O que seria de mim se toda tarde fosse uma tarde no Central Park, no Pelourinho, em Salinas ou aqui pertinho no Arpoador? A vida é cheia de estímulos presentes e próximos, o importante é se aperceber deles...
As vezes as mãos podem ser subestimadas, ou colocadas em planos práticos. Mas são as mãos que trazem mais graça, leveza e força à nossa arte. São elas que tocam o Moonlight Sonata, que pintaram Monalisa, que encantaram platéias com sua energia, que bagunçam o cabelo e que fumam um cigarro. Tudo isso tão poéticamente.
Existem cenas do nosso dia-a-dia que precisam ser valorizadas, como o encontro daqueles olhares... um teatro cheio, um no palco e outro na platéia, o explodir das palmas nos ouvidos e os olhares se cruzam, assim como os destinos. O que nos faz conhecer alguém, apreciar, apaixonar, aprofundar? São os destinos cruzados. Eu gostaria de não deixar escapar nem uma pessoa que passe pela minha vida, por que sei que cada um tem algo à acrescentar, e por mais que eu queira, algumas pessoas já cumpriram seu tempo na minha vida e já me ensinaram tanto... Assim como já devo ter passado na vida de algumas pessoas deixando rastros de mim mesma.
Não quero passar despercebida, por que gosto de me atentar aos detalhes, me preocupo para que eles sejam notados em mim e nos outros. Ando meio desconexa, e é por isso que esse texto se faz tão confuso, desculpem-me por isso, mas de vez em quando o melhor é só deixar o pensamento sair.







E por mais sem sentido que isso possa parecer, talvez, nos detalhes o milagre da compreensão aconteça.

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